- bbb e karol com k;


Tenho visto inúmeros posts sobre o BBB e o tratamento cruel que estão dando a um dos participantes, o Lucas. Nos vários posts que li as pessoas falam: tortura psicológica é crime. Se está tipificado ou não no código penal eu não me recordo, mas que é desumano mexer com a saúde emocional de alguém como forma de castiga-lo, isso é. E eis que trago uma notícia triste e que pode surpreender a alguns: a tortura psicológica - e por vezes física - é a base da nossa educação. A BASE. Não me venha falar que uma palmada não machuca. Meça o tamanho da sua mão, o seu tamanho e o tamanho de uma criança, só o terror que o braço de alguém, mais de um metro maior que você, erguido em sua direção causa já é de estremecer o corpo e o coração. Mas não ficamos apenas nisso. Ameaçamos abandoná-los, nos acostumamos a dizer para uma criança que tudo que vem dela é errado e inadequado. Rimos dos seus pensamentos, menosprezamos as suas opiniões, quebramos a sua autoconfiança. Desumanizamos, porque o foco é a obediência e para consegui-la vale tudo. Somos violentos até quando queremos elogiar: "finalmente você arrumou o quarto, não aguentava mais ver aquela zona!". O tratamento que estão dando ao Lucas é um reprodução do que recebemos na infância, é a aplicação nua e crua da punição tão normalizada em nossa sociedade. Não confiamos no diálogo,crescemos escutando que conversa nenhum adianta conosco. Quando luto por uma infância livre da violência não é somente pelas crianças. É pelo amadurecimento das gerações que virão depois dela, é por um amadurecimento das gerações que a trouxeram ao mundo e que precisam aprender a lidar com a própria humanidade. Não aprendemos a ter relações saudáveis, meus queridos. A bizarrice sempre foi a norma. Somos punitivistas e não há caminho florido quando buscamos punir em vez de solucionar os conflitos com respeito. A violência se mantém passada de geração a geração porque aprendemos que, no final das contas, ela é a única saída possível. A maioria de nós segue agradecendo as palmadas que levou e atribuindo a elas o próprio sucesso. Não ao cuidado, não aos bons exemplos, não aos esforços de quem os educou...
(...)

 texto da super @elisamasantosc

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